CICATRIZ DE AMOR






Quero-te sim, mesmo

quando escuto os meus cds

sem cápsula – ou nas telas das tvs

e não a expeli sangue na rua

deserta de em quando vez

pensar no improvável

no inevitável

ouvi tua voz entonada

na intimidade de um poema


mas fiquei mesmo sozinho

o trem partiu levando

a história – paisagens - telefonema

e o leão que sempre cavalguei

também partiu...

deixou-me uma peregrina raiz

de uma cicatriz!

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 24/02/2009
Reeditado em 24/02/2009
Código do texto: T1454746
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