DOR CAMBALEANTE



Todas as noites quando certa hora

se aproxima, decido não ir, acabar

de uma vez com esta dor cambaleante...

Entre o tempo e o espaço da palavra e

do pensamento, já me encontro no

exato local, estonteante...

Reminiscência de um passado mal passado,

tento descarregar quase o peso do mundo,

não quero mais sentir esta dor cambaleante...

Posso ouvir o canto do silêncio, um eco-mudo

que me desnorteia, me assusta e eu digo para

mim mesma que não vou chorar...

Mas entre o tempo e o espaço do meu querer,

os meus olhos já estão brilhando...

Marejando.
Naida Terra
Enviado por Naida Terra em 24/02/2009
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