MINHA TRISTEZA
Mais uma poesia resgatada do ano de 1971.
Às vezes eu sinto conflito
Que o mundo esqueceu de mim
E então de raiva eu grito
P0porque sou triste assim.
Sinto que às vezes estou frêmito
E lembro de tudo enfim
E sinto-me num intenso infinito
Dentro do meu peito, sem fim.
Não sinto em mim a alegria
Que em outros ela continha
E eu sinto que no meu dia a dia
Que ela, em mim, não vinha.
De vez em quanto eu sentia franco
Sem a rir sem a chorar.
Mas tudo começou a rodar, ficar branco.
Sem vontade de me alegrar.
Mas porque nunca fico ditoso
Porque esta alegria não pode atenuar?
Do que ela continha dissaboroso
Agora deu vontade de chorar.
Porque meu Deus? Porque?
Acho que nem Deus sabe o motivo
Nem eu sei se é por você
Que ainda hoje eu vivo...