O coma
Anjos negros rodeiam o meu ser
Descansam nas nuvens de tempestades.
Ingetam-me a decadência e nada posso fazer.
Nunca acertam nas igualdades.
Velas derretem junto comigo,
Sonhos não são suficientes abrigos.
Sinto falta da presença humana,
Pois isolaram-me por mais de uma semana.
Os gritos de desespero não ecoam mais.
Uma ajuda? Jamais.
A neve congela meus sonhos,
Fazendo aparecer pesadelos medonhos.
O toque do sino bate,
Meus batimentos viraram lenda.
O coma virou empate
E finalmente meu corpo foi aplicado à fenda.