O coma

Anjos negros rodeiam o meu ser

Descansam nas nuvens de tempestades.

Ingetam-me a decadência e nada posso fazer.

Nunca acertam nas igualdades.

Velas derretem junto comigo,

Sonhos não são suficientes abrigos.

Sinto falta da presença humana,

Pois isolaram-me por mais de uma semana.

Os gritos de desespero não ecoam mais.

Uma ajuda? Jamais.

A neve congela meus sonhos,

Fazendo aparecer pesadelos medonhos.

O toque do sino bate,

Meus batimentos viraram lenda.

O coma virou empate

E finalmente meu corpo foi aplicado à fenda.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 07/02/2009
Código do texto: T1427440
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