Se eu mudasse
Se eu mudasse a História do Titanic
E fizesse o navio mudar de rumo,
Talvez não morreriam tantas pessoas
E nenhuma alma choraria lágrimas de sangue ardente.
Se eu mudasse a falta de fé
E o desespero mediante a situações tão difíceis,
Quem sabe não se manifestaria o otimismo
E aumentaria a humildade do ser humano
Para ser exaltado como merece.
Se eu aceitasse tantas decepções
E desistisse por causa da primeira oportunidade não alcançada,
Talvez não chegaria onde cheguei
E nem compreenderia o motivo da derrota.
Se eu desejasse ser mais sábia
E contasse provérbios que encantassem as pessoas,
Talvez as minhas sentenças morais serviriam de conselhos
E os ouvintes não se desviariam da retidão.
Se eu encontrasse a paz
E tivesse a ocasião própria de comunicar-me com ela,
Talvez mandaria que acabasse com as guerras
E entrasse no coração de quem não encontra solução
Para a vida infeliz.
Se eu amasse quem me odeia
E demonstrasse gratidão para com o homem que me quer mal,
Talvez esse meu adversário desabrocharia como uma rosa na primavera
E purificaria as transgressões que até então praticara.
Se eu tivesse a liberdade de sorrir
Para todos que pousassem em minha frente,
Talvez a doçura resplandeceria na face de quem está deprimido
E a mais bela das margaridas viveria para sempre para espargir a notícia.
Se eu criticasse um anjo de vestes brancas
E o interrogasse perguntando por que não salvara todas as pessoas do mundo,
Talvez ele me diria que se nunca morresse alguém,
O planeta ficaria infestado de gente
E ninguém mais caberia na Terra.
Enfim, se eu mudasse a minha inteligência
E buscasse a verdadeira sabedoria com mais rigor,
Talvez me sentiria mais realizada
E a felicidade entraria em meu coração, sem precisar bater na porta...
(Texto produzido no segundo ano, para a aula de Língua Portuguesa, a pedido da professora Alexandra).