OLHOS TRISTES
Lembro-me vagamente de Marcos
Passeando sozinho na praça
Seu olhar era triste
Fixo num lugar bem diferente
Onde via o arco-íris com outras cores
Fustigando sua mente.
Seus olhos confessavam medo e horror
Viam somente visões
Há muito não viam a realidade
Por isso entristeciam-se
Com a auto-destruição.
A droga perturbava-lhe a cabeça
Castigava-o com alucinações
Queimavam seus olhos
Até ficarem vermelhos como uma brasa.
A droga levou Marcos a ficar indiferente
Com a família que o amava
Derramando lágrimas dia e noite.
A droga, sorrateira, matava Marcos
E numa noite bruscamente
Sem avisá-lo
A morte o levou
Dentro de uma dose “muito louca”
Poesia inspirada em história real e publicada no livro da minha autoria "...mas a alegria vem pela manhã",