Sem pausa para sorrir.
O tempo não dá intervalos
E meu corpo definha como uma árvore sem raízes.
Não há chuva ou solo para mim
Não há sonhos, nem lugar.
Tornei-me transparente em mundo de aparências
Sou uma peça obsoleta, esquecida em algum armário empoeirado.
O tempo não dá intervalos, mas também não acelera
É uma linha contínua de vazio e sofrimento.
Mais um dia, mais uma noite, tic-tac sem cessar
Mais tristeza e dor para minha coleção.