Lago de lástimas
Coisas congelam
Perto desse coração de pedra.
Quem o guarda nada zela,
Obedece somente quem a leva.
Rio de lágrimas
Acoberta o que se aproxima.
Não aceita nenhuma lástima
Puxa qualquer felicidade como um ima.
Árvores secas, petrificadas,
Suas folhas caem
Permanecem ilhadas
Pelo lago, que coisas não saem.
O sol é fraco
Na terra que acolhe testemunhas ruins
E não basta enfiá-las em um saco
Arranca logo os dois rins.