Lago de lástimas

Coisas congelam

Perto desse coração de pedra.

Quem o guarda nada zela,

Obedece somente quem a leva.

Rio de lágrimas

Acoberta o que se aproxima.

Não aceita nenhuma lástima

Puxa qualquer felicidade como um ima.

Árvores secas, petrificadas,

Suas folhas caem

Permanecem ilhadas

Pelo lago, que coisas não saem.

O sol é fraco

Na terra que acolhe testemunhas ruins

E não basta enfiá-las em um saco

Arranca logo os dois rins.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 04/02/2009
Código do texto: T1421828
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