Adaga Dilacerante
Uma adaga do acaso
Dilacerou-me o tórax,
Atingindo o coração,
Enclausurando-lhe um sentimento
Que não pode ser externado,
Por você pertencer a outro.
Permaneço silente
Até meu momento derradeiro.
Expectativa de que assim
Possa me ver liberto.
Tal não ocorrendo
Temo ter que conviver
Indefinidamente
Com o intolerável.