Espera
Vamos esperar por nada.
O quintal ainda é feio,
Mas é lá que respiro.
Perdoem-me os poetas dos jardins,
Que me perdoe a paisagem verde deste teu olhar,
Às flores, inocentes artifícios travestidos de glórias,
Peço clemência.
Quero uma canção com cheiro de capim que não foi semeado.
Uma canção para espantar chuva e sol
e esse medo de continuar,
e esse medo de continuar,
e esse medo de continuar...