Espera

Vamos esperar por nada.

O quintal ainda é feio,

Mas é lá que respiro.

Perdoem-me os poetas dos jardins,

Que me perdoe a paisagem verde deste teu olhar,

Às flores, inocentes artifícios travestidos de glórias,

Peço clemência.

Quero uma canção com cheiro de capim que não foi semeado.

Uma canção para espantar chuva e sol

e esse medo de continuar,

e esse medo de continuar,

e esse medo de continuar...

Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 25/01/2009
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