O ÚLTIMO BEIJO

O ÚLTIMO BEIJO


O ÚLTIMO BEIJO,
NEM SEI SE ELA SE LEMBRA MAIS.
NÃO FAZ TANTO TEMPO,
MAS AINDA SINTO A FRIEZA DOS SEUS LÁBIOS
QUE, POR CERTO, JÁ NEM ME PERTENCIAM,
COMO OUTRORA, QUANDO O CALOR
DO SEU HÁLITO MISTURAVA-SE AO MEU,
SENTINDO A FEBRE DO AMOR
QUEIMANDO OS NOSSOS CORPOS
UNIDOS NA MESMA VONTADE
DA VOLÚPIA EM QUE NOS ENVOLVÍAMOS
EM TANTOS MOMENTOS.
O SEU ÚLTIMO BEIJO
GELOU OS MEUS LÁBIOS FEBRIS,
QUE AINDA BUSCAVAM O FERVOR ANTIGO,
O DESEJO INDÓMITO DE TÊ-LA
DENTRO DE MIM NOS NOSSOS
MOMENTOS ÍNTIMOS.
O SEU ÚLTIMO BEIJO PETRIFICOU
O QUE EXISTIU ENTRE NÓS,
RESTANDO-ME APENAS
A VISÃO DO SEU VULTO
PERDIDO NA NÉVOA DO MEU
PENSAMENTO...
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 24/01/2009
Reeditado em 24/01/2009
Código do texto: T1401709
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