Andarilho do teu amor
 
Hoje, também não sei como explicar
Nem digo hoje, já vem de alguns dias
Para ser sincera, ou mais precisa, ontem
 
É um descontentamento, um querer te encontrar
Mas me pergunto, onde te achar?
De você, só sei o teu nome
 
Já basta para sentir esta angústia no olhar
De sair por aí a te procurar
Levanto dos meus sonhos, vago pela noite
 
Procuro nas esquinas sem te encontrar
Volto para dentro da noite, vagueio na escuridão
Na esperança de você estar
 
E com um sorriso no rosto a me indagar
O que fazes por aqui?
Por que não me esperou?
 
Entrei nos teus sonhos
Pelo teu nome chamei
 
Tento também te explicar
O que me aconteceu
 
Mas você não me deixou falar
Nos teus braços, me prendeu
E, com um beijo, a minha voz calou
 
Veio o clarão do dia
E, com ele, os seus raios solares
No meu quarto penetrou
Do que foi bom
Só tristeza o que restou
 
Sol pereira

Rio de Janeiro, 22/01/2009