ANGÚSTIA

ANGÚSTIA

Paulo Gondim

21/01/2009

Ouço gritos em repetidos ecos

No vale sombrio de minha solidão

Chamados que não se ouvem

Da angústia triste de um coração

Lagrimas que brotam da alma

Na lembrança do amor perdido

Do beijo que não foi trocado

Do abraço que não foi sentido

E aflora do peito a desesperança

Como revoada de surdos pardais

Na busca constante do encontro

Que se perdeu na tristeza de meus ais

A solidão é quem dita as regras

Imposta-se, cruel, diante de mim

Isola-me no meu eu perdido

Nessa prisão que nunca tem fim

E os gritos se tornam mais freqüentes

Ecos mais fortes pela noite escura

Vejo meus fantasmas um a um

A rondar-me nesta amargura

Paulo Gondim
Enviado por Paulo Gondim em 21/01/2009
Código do texto: T1397537
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