Onde estás, inspiração?
Em total estagnação
Apática, e sem esperança
Vejo-me numa rede que balança
Pra lá... prá cá... Imensa é minha solidão
Nada me ocorre.
Penso... penso... Em vão
Por onde andas, inspiração?
Ando em tua perseguição
Para um soneto ou algo assim
Porquê foges de mim?
Caminho até a janela
Pego lápis e papel
Fitando o horizonte, o azul do céu
O pensamento se faz de sentinela
Sinto-me envergonhada
Por não escrever novamente
Não há poesia, não há mais nada
Só um Ser, calado e dormente
Triste e emudecida
Vou ficando por aqui
Sinto muito, gente querida
Meus versos se foram sem eu sentir
* * * * * *