AS DORES QUE O TEMPO TRÁS

A plenitude de uma vida

Encontrei no caminho perdido de teu olhar,

Um sorriso franco nos lábios,

Uma lágrima a rolar.

Os anos passam como o vento,

E a juventude perdida

Nunca mais volta, nos traços largos,

De um sorriso confiante

De uma mão, que busca outra mão,

Para que ambas, em um gesto de carinho,

Acariciarem-se mutuamente.

O tempo passa muito depressa,

O sofrimento não vai embora

Fica com a gente, a marcar,

Os minutos passados, trazendo doces lembranças,

De momentos felizes, onde agora pela face,

Desce uma lágrima fria, de um presente de amargura.

Tudo nos rouba um pouco da vida,

E a esperança de um dia ser feliz

Mais e mais se esvai no íntimo de quem sofre!

Felicidade, momentos que passam...

A saudade permanece e os sonhos continuam,

Mas o tempo é implacável, não para,

Quando nos damos conta que a realidade é outra,

Que os sonhos não levam a lugar nenhum

Já é tarde, tudo morreu num ontem distante!

As lembranças fogem, à saudade já não faz sofrer,

A esperança continua, esperança de quem já partiu,

Esperança para a alma, que sofreu tanto,

Parta antes, muito antes,

Deixando no corpo abandonado, a eterna paz,

Onde já não possa sentir,

As dores que o tempo trás.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 19/01/2009
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