Poesia adormecida

No frio labirinto tento escrever a poesia
Enquanto o mundo se digladia...
Sangue de inocentes na areia, crueldade
no deserto, deserto de solidariedade.

As sombras permeiam os pensamentos
Ouço a sonata universal de lamentos
um tema acolhido para os versos: amor.
Incomum, sob bombas, crueldade e dor.

Crianças jazem nas pedras frias do necrotério
Covas se abrem na terra estéril do cemitério
Lágrimas ressecadas pelos sofrimentos
Não há esperanças, o futuro morreu, lamentos...


A poesia, em brancas linhas adormeceu!