Encarcerado
Eu finjo não sufocar minha depredação interior
Procurando uma reação incolor a minha incurável loucura
Submergindo minha mortificação imaculada,
Dando-me a sentença e disfarçando o sabor amargo
Que insisto em amaldiçoar!
Encarcerando-me em um mundo próprio
Total mente devastado.
Dilacerando meus sentidos aos poucos...
Tentando me atingir, esfaqueando minh’alma
Sensível de mas para agüentar tanta carnificina!
Tornando-me absolutamente fictícia.
Lutando por um desfecho enigmático de uma obra falida!
Quantos segundos têm ainda?
Estou em uma grande tempestade sem lugar pra me apoiar!