Encarcerado

Eu finjo não sufocar minha depredação interior

Procurando uma reação incolor a minha incurável loucura

Submergindo minha mortificação imaculada,

Dando-me a sentença e disfarçando o sabor amargo

Que insisto em amaldiçoar!

Encarcerando-me em um mundo próprio

Total mente devastado.

Dilacerando meus sentidos aos poucos...

Tentando me atingir, esfaqueando minh’alma

Sensível de mas para agüentar tanta carnificina!

Tornando-me absolutamente fictícia.

Lutando por um desfecho enigmático de uma obra falida!

Quantos segundos têm ainda?

Estou em uma grande tempestade sem lugar pra me apoiar!

Yasmin Meirinho
Enviado por Yasmin Meirinho em 13/01/2009
Reeditado em 10/03/2011
Código do texto: T1382033
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