Deixa rolar... Má Oliveira
Deixa a lágrima rolar...
pra com o brilho da tua falsa vitória,
combinar...
Ah! Peso da tua mão!
Asas "cortadas",
eterna submissão?
acho que não...
o nó tá desatando,
quase já posso atirá-las ao chão...
Mesmo que eu sangre até o fim
será melhor do que tuas constantes ameaças
pesando sobre mim...
E que fiquem pelo caminho
meus pedaços...
e que o temporal me abata assim...
se é pra ser...
que seja esse então o meu fim...
mas do trovão de tua voz
quero me libertar
não mais me curvar...
não ter que perdoar...
vou naufragar?
ando querendo arriscar...
será que com os lírios, que eu cultivo,
você vai me enfeitar?
vou gostar...
que me banhe o vermelho,
venha-me essa dor.
mas que eu saia desse negrume
desse conto de terror!
que seja solto o meu riso
e não querendo...
a isso não seja forçada
escondendo o que se passou...
atrás de uma fachada...
era pra mais uma vez me calar?
em meio as lágrimas e medo,
esta parte do recado
não deu pra assimilar...
eu não consigo meus pulsos soltar...
mas minha voz ainda pode ecoar
agora sou eu quem diz...
deixa rolar...
Quem sabe pessoas menos covardes do que eu,
criem coragem de voar...