Borboletas caidas

Por que paraste de voar

conforme a tua natureza

em anseios de liberdade

quando visitas as flores

Por tua asa estar ferida

tu morrestes muito cedo

pisada no meio da praça

abandonada e insepulta

Mas os olhos de um poeta

sofrido e observador

te recolheu do chão com zelo

e carinhosamente te aninhou

nas paginas do seu caderno

Hoje ressuscitaste na

minha frágil lembrança

de um tempo que não volta mais

porque haverá tantas outras

borboletas a merecerem a ternura

que habita a mente dos

menestréis da vida e do amor,

sempre em deleites e mil venturas.

Santos, SP

12.04.06

19:28 hs

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 12/04/2006
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