O último ato de amor.

Eu que me gabava de ser um cara pontual, de nunca ter deixado ninguém a minha espera, ou de também nunca ter faltado a um compromisso, qualquer que fosse, hoje me sinto acabado e triste, pois justamente o que seria o mais importante de todos, eu cheguei um tanto, ou muito atrasado.

E ai eu pergunto porque. Porque teve que ser assim? Por causa de que fui merecer ter este fim? Mas não adianta, ninguém poderá explicar para mim, e ai eu penso e vejo que o único culpado deste meu triste tormento, só pode ser um tal sujeito chamado tempo, este mesmo que me fez viver todo este tempo, me fazendo crer que eu era feliz, e até me sentir que poderia morrer em paz.

Agora encaro a realidade, e vejo que a tal felicidade nunca esteve tão perto, e eu, tão longe de poder alcançá-la, e assim defini como vai ser o meu último ato de amor, e antes que abaixe a cortina que cobrira a minha visão, eu lhe direi comovido: Não tenho como te esperar, a não ser quem sabe, na outra reencarnação.

DIASMONTE
Enviado por DIASMONTE em 08/01/2009
Reeditado em 08/01/2009
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