REFÉM DO MEDO
O sentimento é lúgubre
tem sabor de pecado.
Escravizou o Eu,
escureceu o céu,
o coração foi crucificado.
E no cheiro acre,
agudo, penetrante,
a paixão do medo
se fez refém errante.
Foi açoitado o sentimento,
sangrou, pediu clemência,
mas pulsou no peito
mesmo com receio
foi aclamado por excelência.