EQUILÍBRIO
Verdadeira plenitude
Quando da pergunta não há resposta
Quando da resposta gera mais dúvida
O corpo reflete a alma e alma reflete o que?
No silencio a sabedoria da palavra
Se perder para se encontrar
E Ter o saber de ser sendo quem és
Quando não somos quem não somos
E o que não somos é o que somos também?
E o inverso
No simplificado o complexo
Na expectativa a decepção
No caos a ordem
No limite a superação
A vida segue assim
Totalmente ambígua
No mais frágil o mais forte
Bem e mal dois caminhos pro além
Lembrar para esquecer
Quanto mais quanto menos
Na dor o prazer
No que vai algo fica
Na tristeza uma alegria
Até no que estar errado há um acerto também
Duas visões traídas no mesmo olhar
Nova perspectiva, revisão de quadro Santo kandinsky
e no naco da obra talhada um idéia inteira
vemos no inconsistente o consistente
o perigo de nada saber
pois há o perigo do verdadeiro
o dia inteiro e não o meio-dia
buscar plenitude e fazendo escolhas
entre a aurora e o crepúsculo
qual a melhor hora do dia?
E distraídos vamos seguindo, seguindo na vida
totalmente ambivalentes
com a ambivalência de ser ambíguos.