EQUILÍBRIO

Verdadeira plenitude

Quando da pergunta não há resposta

Quando da resposta gera mais dúvida

O corpo reflete a alma e alma reflete o que?

No silencio a sabedoria da palavra

Se perder para se encontrar

E Ter o saber de ser sendo quem és

Quando não somos quem não somos

E o que não somos é o que somos também?

E o inverso

No simplificado o complexo

Na expectativa a decepção

No caos a ordem

No limite a superação

A vida segue assim

Totalmente ambígua

No mais frágil o mais forte

Bem e mal dois caminhos pro além

Lembrar para esquecer

Quanto mais quanto menos

Na dor o prazer

No que vai algo fica

Na tristeza uma alegria

Até no que estar errado há um acerto também

Duas visões traídas no mesmo olhar

Nova perspectiva, revisão de quadro Santo kandinsky

e no naco da obra talhada um idéia inteira

vemos no inconsistente o consistente

o perigo de nada saber

pois há o perigo do verdadeiro

o dia inteiro e não o meio-dia

buscar plenitude e fazendo escolhas

entre a aurora e o crepúsculo

qual a melhor hora do dia?

E distraídos vamos seguindo, seguindo na vida

totalmente ambivalentes

com a ambivalência de ser ambíguos.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 06/01/2009
Código do texto: T1369890
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