Por quê?...

Por quê... Há momentos tão tristes?

Que sinto o coração... Gelar no peito?

A alma... Deixar meu corpo inerte...

E voar entre as nuvens como o vento?

É como se o mundo tivesse parado...

Como se meu ser tivesse petrificado.

No rosto... Já não deslizam lágrimas...

Já não desabafo... Como no passado...

Há espaços em branco... Reticências tantas...

Cores desbotadas... E sonhos apagados...

Foram tantas as desilusões e percalços...

Que hoje caminho pela metade, aos pedaços...

Meu riso agora... Não é mais que um lamento,

Há feridas incontáveis sangrando... Matando...

O tempo passa tão depressa, tão sem razão...

E todas as esperanças... Vão se apagando...

Peço socorro... Em cada dia que nasce...

Em cada hora... Que o relógio marca...

Mas ninguém nota... Meu grito mudo...

Nem a dor... Que meu ser abarca...

Deixo então... O frio me congelar...

Feito a neve... Cair sobre mim...

Talvez seja melhor me entregar...

Quem sabe... Seja esse o meu fim!...

Mary Trujillo

14.01.2007

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 03/01/2009
Código do texto: T1364764
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