Canteiro de tristezas.
A rosa murchou, perdeu o viço
e nem a terra adubada,
tampouco a água tratada...
Findou-se no canteiro;
a pobre rosa amargurada.
E o jardineiro, estando moribundo,
sem ânimo, sem forças, perdeu a chama,
enquanto a rosa perece murchada,
sofre o pobre a triste sina;
sofre o corpo entregue a lama.
Um poeta murcho no tempo,
sofre a sua alma, falta-lhe sentimento.
Não desabrocha a rosa, não sorri o jardineiro...
É a tristeza do poeta,
que agora enfeita o canteiro.