Após o funeral

Eu estou muito triste

Esta dor profunda insiste

Em ferir meu coração

O tempo hoje não existe...

Quisera findar as lágrimas

E desfazer o nó da garganta

Não consigo é impossível

A emoção resiste

Não posso trancá-la

Em um canto qualquer

Se teu corpo não mais existe

A alma continua além

De tudo o que me cerca

De minha razão atrofiada

De minha visão limitada

Será que ela ainda me quer?

Após o peso do funeral

Naquela chuvosa tarde

Me recostei a sombra

De uma frondosa árvore

E vi ir embora os pares,

Amigos, parentes,irmão

Voltando para seus lares

Enquanto dormias no caixão.

Não pude voltar a ser eu mesma

Me enlutei naquela quarta-feira

Me enterrei a beira da vida

Me assassinei em tua partida.

O tempo cruel insiste

Em devolver-me lembranças

e hoje estou triste,

vazia sem esperanças.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 25/12/2008
Código do texto: T1352836
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.