Há petalas no jardim do meu amor enterrado.

Há pétalas no jardim

Cobrindo de vida

O amor que enterrei ali.

A chuva cai la fora

Tentando derreter

Esse amor que aqui ainda mora

A lua brilha

nua e desavergonhosamente

A saudade anda crua

Martelando a minha mente.

Poetas por amor

Aqui tem chorado

Com balas no peito

No peito dos apaixonados.

Se um dia o sol se derreter

Todos irão ver

É assim que acontece no coração

De alguém que esta a sofrer.

O mar de tristeza tem cantado

Melodia triste...

Melodia de um coração enganado

As estrelas já nem tanto brilham

Poetas aqui fazem poucos versos

Amanhã parece fria

Mas me lembro de que não é inverno.

As noites agora parecem eternas

Deitado sob um mausoléu

A casa da morte em que enterrei minha esperança

Dessa maldita paixão cruel.

Que venham agora juizes

Dispostos a condenar

Que prendam a excutem

Corações que não sabem amar.

Não chorarei desesperadamente

Por paixões perdidas

Por amores enlouquecentes

Não gritarei nas noites perdidas

Os momentos de calor

Em que corpos se tocaram

Dando origem a um amor

Não gritarei a deus

Pedindo um porque

Vou levar a vida

Aceitando o que tiver de ser.

Mas ainda que todo tempo passe

Ainda a de ficar lembranças,

Que o tempo não as amasse

Pois elas são como crianças.

Mesmo pequenas

Ainda causam momentos bons.

Pois bem, aqui a uma poeta deprimida

Que apesar dos pesares vai levando a vida

Pois esta jornada ao decorrer do tempo

Grandes mistérios nos prepara

Grandes desafios nos impõem.

E minha tarefa agora será

Caminhar até onde o sol se põem

Porque onde está o fim

Também esta um novo começo.

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 19/12/2008
Código do texto: T1344390