Há petalas no jardim do meu amor enterrado.
Há pétalas no jardim
Cobrindo de vida
O amor que enterrei ali.
A chuva cai la fora
Tentando derreter
Esse amor que aqui ainda mora
A lua brilha
nua e desavergonhosamente
A saudade anda crua
Martelando a minha mente.
Poetas por amor
Aqui tem chorado
Com balas no peito
No peito dos apaixonados.
Se um dia o sol se derreter
Todos irão ver
É assim que acontece no coração
De alguém que esta a sofrer.
O mar de tristeza tem cantado
Melodia triste...
Melodia de um coração enganado
As estrelas já nem tanto brilham
Poetas aqui fazem poucos versos
Amanhã parece fria
Mas me lembro de que não é inverno.
As noites agora parecem eternas
Deitado sob um mausoléu
A casa da morte em que enterrei minha esperança
Dessa maldita paixão cruel.
Que venham agora juizes
Dispostos a condenar
Que prendam a excutem
Corações que não sabem amar.
Não chorarei desesperadamente
Por paixões perdidas
Por amores enlouquecentes
Não gritarei nas noites perdidas
Os momentos de calor
Em que corpos se tocaram
Dando origem a um amor
Não gritarei a deus
Pedindo um porque
Vou levar a vida
Aceitando o que tiver de ser.
Mas ainda que todo tempo passe
Ainda a de ficar lembranças,
Que o tempo não as amasse
Pois elas são como crianças.
Mesmo pequenas
Ainda causam momentos bons.
Pois bem, aqui a uma poeta deprimida
Que apesar dos pesares vai levando a vida
Pois esta jornada ao decorrer do tempo
Grandes mistérios nos prepara
Grandes desafios nos impõem.
E minha tarefa agora será
Caminhar até onde o sol se põem
Porque onde está o fim
Também esta um novo começo.