Terrível noite

Calada ainda está à escura noite de dezembro

Nada se escuta...

Até o vento que faz bailar as folhas é silencioso

De um prenúncio maldoso, e eu nesta solidão sentida.

Coração partido, peito dorido, alma rasgada.

Meus sentimentos para os meus, não é nada

E a qualquer momento pode desabar a tempestade.

Brisa que sopra em mudo sussurro

Bafeja as roupas que cobrem meu corpo.

A outra tempestade já veio, em forma de pesadas palavras com indícios de mentiras e maldades.

É escura esta noite, de breu profundo

Abocanhando este mundo, que ante ela é pequeno.

Silêncio em meu coração, ele já não chora

Silêncio sombrio

Ora poderoso, ora ameno.

Lá fora está frio

Em minhas veias só sangue gélido

Meus cabelos se eriçam, ao imaginar o som do horror

Quando em um passe de mágica,

Rolarem as pedras em um estardalhar violento

Com a mesma violência que foi atingida meu amor de mãe.

Quando os uivos e sussurros

Abalroarem todos os lamentos

Quando os gritos e rangidos

Soarem ao sabor do vento

Esta escura noite de dezembro terá fim,

Somente a tristeza que vai em minh’alma

Será prá sempre assim...

sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 18/12/2008
Código do texto: T1342868
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