Doença malvada!
Não sei ainda traduzir
Nem mesmo definir
Ou sequer interpretar
Esta volúpia de te amar
Quando eu a vejo adoecer
Tudo aqui começa a me doer
Estou junto com você a sofrer
Como se estivesse na tua pele
Navegando pelas tuas células
Se a agulha te penetra e fere
Sinto a fagulha da cruel picada
É o quanto és por mim amada
Vou silencioso à janela ou à sacada
Para engolir as lágrimas derramadas
Por sabê-la assim fraca e doente
Sofro e adoeço junto contigo
Talvez seja este o meu jeito amigo
De pedir às dores que dividas comigo
Aliviando o teu fardo ou esse castigo
Só sei e percebo que estou ‘empático’
Que eu quero e desejo que fiques logo boa
Para voltar com tua sempre bela inspiração
Brotando seus sensuais versos em comunhão
Para que o mundo volte a pulsar emoção
Vibrar e contemplar o inesgotável talento
Que da tua lavra escorre a cada momento
Com a sensualidade dos teus sentimentos
Sendo assim também sentir-me-ei curado
Tendo você restabelecida ao meu lado...
Poderei cochichar baixinho ao teu ouvido
Segredos, dengos, carinhos, versinhos
Para saberes o quanto sou apaixonado.
Hildebrando Menezes