Doença malvada!

Não sei ainda traduzir

Nem mesmo definir

Ou sequer interpretar

Esta volúpia de te amar

Quando eu a vejo adoecer

Tudo aqui começa a me doer

Estou junto com você a sofrer

Como se estivesse na tua pele

Navegando pelas tuas células

Se a agulha te penetra e fere

Sinto a fagulha da cruel picada

É o quanto és por mim amada

Vou silencioso à janela ou à sacada

Para engolir as lágrimas derramadas

Por sabê-la assim fraca e doente

Sofro e adoeço junto contigo

Talvez seja este o meu jeito amigo

De pedir às dores que dividas comigo

Aliviando o teu fardo ou esse castigo

Só sei e percebo que estou ‘empático’

Que eu quero e desejo que fiques logo boa

Para voltar com tua sempre bela inspiração

Brotando seus sensuais versos em comunhão

Para que o mundo volte a pulsar emoção

Vibrar e contemplar o inesgotável talento

Que da tua lavra escorre a cada momento

Com a sensualidade dos teus sentimentos

Sendo assim também sentir-me-ei curado

Tendo você restabelecida ao meu lado...

Poderei cochichar baixinho ao teu ouvido

Segredos, dengos, carinhos, versinhos

Para saberes o quanto sou apaixonado.

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 15/12/2008
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