FALA

Procuro visualizar em teu semblante esquivo
O mistério que teus grandes olhos escondem
Minha alma a caminhar pro “cu do conde”
Se, encontro neles dívidas em vez de lucrativos.

Ser ou não ser amado eis o dilema que vivo
Como um crente que embala um amor adulto
A olhar-te em vão na dúvida que ainda sepulto
Vivo na dor da desgraça de um coração altivo.

Fala!

Diz-me afinal do teu prazer supremo
Para ver-me tatear entre o sonho e o pesadelo
No martírio cruel de um desespero extremo.

Alma que vaga por se sentir só, como salvá-la?
Diz-me a verdade em fim, ouvi-la não temo
Abre teu coração, despe o mistério…

E, fala!
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 10/12/2008
Reeditado em 17/03/2020
Código do texto: T1327990
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