NÃO PRECISAVAMOS TER DITO NADA (Poema para Basilissa n. 21)

(Sócrates Di Lima)

Cala-me se eu estiver na solidão gritando,

Não deixe que os meus gritos ecoem sem sentido.,

Mesmo que eu estiver choramingando,

Estanca-me o choro com teu beijo prometido.

E quando eu estiver sozinho,

Senta aqui do meu lado e me faça companhia.,

E se ainda tiver sentimentos, abraça-me com carinho,

Para que eu sinta-me vivo como eu me sentia.

Mesmo que tu estejas sozinha,

Nas mesmas condições que eu.,

Misture tua tristeza com a minha,

E lembraremos de Julieta e Romeu.

Cale-nos desta nossa saudade,

Tua presença é a minha necessidade.,

Ausente de mim, tu é apenas uma unidade,

Pois bem sei, que juntos sufocaremos esta ansiedade.

Basilissa, nem bem entrou na minha vida e já se esvazia,

Tem alguém na sua vida que ainda não se foi?.,

Porque silencia e deixa a tarde vazia,

Será que não sabe que o silêncio dói!.

Mas o que está feito está sacramentado,

Só nos resta abandonar o barco naufragado.,

Seguir caminhos, cada um para o seu lado,

E ter a certeza que está tudo acabado.

Só uma coisa é certa e disto não abro mão,

Não precisavamos ter dito NADA.,

Adeus é uma palavra que só serve á morte sem compaixão,

E na vida que segue, sempre haverá reencontros meus e teus.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 06/12/2008
Reeditado em 21/05/2012
Código do texto: T1321953
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