NÃO PRECISAVAMOS TER DITO NADA (Poema para Basilissa n. 21)
(Sócrates Di Lima)
Cala-me se eu estiver na solidão gritando,
Não deixe que os meus gritos ecoem sem sentido.,
Mesmo que eu estiver choramingando,
Estanca-me o choro com teu beijo prometido.
E quando eu estiver sozinho,
Senta aqui do meu lado e me faça companhia.,
E se ainda tiver sentimentos, abraça-me com carinho,
Para que eu sinta-me vivo como eu me sentia.
Mesmo que tu estejas sozinha,
Nas mesmas condições que eu.,
Misture tua tristeza com a minha,
E lembraremos de Julieta e Romeu.
Cale-nos desta nossa saudade,
Tua presença é a minha necessidade.,
Ausente de mim, tu é apenas uma unidade,
Pois bem sei, que juntos sufocaremos esta ansiedade.
Basilissa, nem bem entrou na minha vida e já se esvazia,
Tem alguém na sua vida que ainda não se foi?.,
Porque silencia e deixa a tarde vazia,
Será que não sabe que o silêncio dói!.
Mas o que está feito está sacramentado,
Só nos resta abandonar o barco naufragado.,
Seguir caminhos, cada um para o seu lado,
E ter a certeza que está tudo acabado.
Só uma coisa é certa e disto não abro mão,
Não precisavamos ter dito NADA.,
Adeus é uma palavra que só serve á morte sem compaixão,
E na vida que segue, sempre haverá reencontros meus e teus.