HOJE ACORDEI CHORANDO
Sonhei que estava bem no meio
Das enchentes que matou tanta gente
E deixou tantas outras desabrigados!
Vi-me no sonho, desamparado, assustado
Olhava pra todo lado, morri de tanto desgosto
Senti-me flagelado!
Eram tantas as crianças, corpos cheios de frio
Choros de fome e de sede, pais sem alguma esperança
Olhar de quem perdeu tudo!
Casa, móveis, parentes. Pessoas desesperadas
Tentando achar na lama, parte de sua dignidade!
Já não sabia mais onde era a enchente... Do lado
De fora do abrigo, corpos enlameados famintos
Do lado de dentro, agonias, um mar de lágrimas
Afogava a alma dos sobreviventes.
Hoje...
Acordei com o peito doído, senti a dor
De um povo esquecido e me peguei chorando...
Que ironia do destino!
Uns morrendo soterrados
Por conta da lama do descaso!
Enquanto outros, lá no sertão nordestino
Flagelados, morrendo de fome e de sede
Pelo mesmo motivo!
Sonhei que estava bem no meio
Das enchentes que matou tanta gente
E deixou tantas outras desabrigados!
Vi-me no sonho, desamparado, assustado
Olhava pra todo lado, morri de tanto desgosto
Senti-me flagelado!
Eram tantas as crianças, corpos cheios de frio
Choros de fome e de sede, pais sem alguma esperança
Olhar de quem perdeu tudo!
Casa, móveis, parentes. Pessoas desesperadas
Tentando achar na lama, parte de sua dignidade!
Já não sabia mais onde era a enchente... Do lado
De fora do abrigo, corpos enlameados famintos
Do lado de dentro, agonias, um mar de lágrimas
Afogava a alma dos sobreviventes.
Hoje...
Acordei com o peito doído, senti a dor
De um povo esquecido e me peguei chorando...
Que ironia do destino!
Uns morrendo soterrados
Por conta da lama do descaso!
Enquanto outros, lá no sertão nordestino
Flagelados, morrendo de fome e de sede
Pelo mesmo motivo!