PÁRVOA

Encontra-me a tristeza num assalto
Não uma conhecida uma qualquer
Mas aquela das decepções inesperadas
(Chegou e me varreu foi enxurrada)
Põe ao redor de mim seus fortes laços
Eu lhe pergunto ainda questiono
Sobre as verdades que me são ocultas
Sobre meu excesso de espontaneidade
Na rua onde derrapam as palavras

Esfria todo sangue põe-me ao freezer
Em estado de suspensa rebelião
Depressa leva embora a confiança
E encontro a minha casca mais vazia
Afoga-me em desejos de chorar
De gritar a parvoíce esse meu mal
Tão medieval do qual insisto em não saber

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