Novelos
Daí que somos nós
E a lusa língua em nós!
As arestas, as agulhas, as nódoas,
As fagulhas em nós.
E nós mascamos novas mágoas,
Cuspindo bagos de ódio
Em nós.
Daí, eu e você, esnobes,
Soltamos os travos adormecidos,
As amarras, os nós
De nossa voz
Que se prendiam em nós.
Daí, eu e você, apartados,
Desenlaçados e sem nós,
Não mais nos ouvimos,
Não mais somos nós sem nós.
Daí que de nós, apenas os nós
Que nos enovelam
E se/nos diluem
Em seres sós.