DOCE ÁGUA DOCE

Brota do olho
da terra que chora!
E ainda menina
acetina o chão
eterna adição
corre entre trilhas
reflete a luz... Brilha...
E num crescente...
Fonte... Nascente...
Dá-se gratuitamente
a semente que germina,
a flor tão pequenina,
aos bichinhos sedentos,
as plantas em crescimento,
as lavadeiras de sonhos,
aos homens em desalinho
com a essência da vida...
A sua mais preciosa bebida,
em extinção...
Sem zelo, nem proteção...
Poluída...
Por lixo, invadida...
Maculada...
Por homens insanos...
Comprometidos com planos...
De riqueza... De poder...
Anestesiados... Sem perceber...
Que sem você,
água cristalina...
Doce água dançarina...
Que sem você,
tudo é incerto...
Sem vida...
Deserto!