Na tua alma
Encontrei-te no silêncio
Das palavras frias
Encontrei-te na fagulha
Dos sonhos inúteis
Que estavam a ressurgir
Nos dias de morte
Que ficavam por esperar
Um ultimo perdão
Vá-te alma sombria
p'ros declínios forjados
Por tua pobre virtude
Que falecera esta noite
No sepulcro das lágrimas
Cala-te toda dor
De estagnar-te sozinho
O sangue que escorre
Chagas caíram sobre ti
Diante de teus olhos
Em teus sonhos
E em tua alma
Que pecados cometera?
Perdeu-se nas sombras!!
De um vil passado
Onde se repugna de si
Vá-te pobre anjo
aos decaídos
que por ti vieram
Aplaudir tua morte
Una-te a aqueles
Que julgaram teu nome
e designaram teu pesar
Na salvação de demônios
Aprisionados em ti
Assim torna-se-á
Uma sombra sem destino
Um sórdido palhaço
Que jaz n'uma lápide.