ÁGUAS
Águas que correm
E seguem seu leito
Não voltam, nem morrem
Não sentem no peito
Águas que brigam
Nas grotas profundas
No escuro lobrigam
Nas lamas imundas
Águas que lágrimas
Escorrem no rosto
Tão limpas, alvíssimas
Salobras, sem gosto
Águas que choram
Meus olhos, meus prantos
E teus olhos devoram
Meu ser, meus encantos
Nas pétalas, gotas
Águas que brilham
Na flor, o orvalho
De aljofres, cintilam
Águas que lavam
Um sujo passado
E tristezas que amavam
Amores alados
Águas passadas
Não movem moinho
E os que não se enlaçam
Padecem sozinhos
Águas que correm
E seguem seu leito
Não voltam, nem morrem
Não sentem no peito
Águas que brigam
Nas grotas profundas
No escuro lobrigam
Nas lamas imundas
Águas que lágrimas
Escorrem no rosto
Tão limpas, alvíssimas
Salobras, sem gosto
Águas que choram
Meus olhos, meus prantos
E teus olhos devoram
Meu ser, meus encantos
Nas pétalas, gotas
Águas que brilham
Na flor, o orvalho
De aljofres, cintilam
Águas que lavam
Um sujo passado
E tristezas que amavam
Amores alados
Águas passadas
Não movem moinho
E os que não se enlaçam
Padecem sozinhos