Tempo

Vivia nesse inferno

Passado, presente e futuro...

As asas, presentes teu,

Caíram sua penas, de dez a dois anos

A mim cabe a eternidade

E os céus, todos os nove,

Caem um a um

Sobre seus olhos sem vida

Sem vida, também, sigo eu

As palavras, resta-me seus encantos

E sua complexidade!

O que resta?

Nem poesias têm sentido...]

E penso no que fiz,

Os olhos na boca

E a boca na minha

E eu hoje joguei tanta coisa fora

Fotografias, cartas, e sentimentos,

Restam-me lírios,

Brancos e rosas...