Dementia

Uma realidade me assombra

Um medo do que não posso explicar

Como se afogasse em um Lago Negro

Sem saída, sem uma forma de escapar

Procuro por minhas mãos adormecidas

Tento desatar mais um nó que me prende

Que me faz refém no fundo das águas turvas

Dementia...

Procuro um ar puro para viver

Sem a luz negra que me persegue

Sombras ao meu entorno

Sinto-me no final dos meus tempos

Como se tivesse infiltrado em outro mundo

Não consigo ver além da névoa espessa

Desejos mórbidos me seduzem

Para viver outra fantasia

Ferir-me com sua faca doce

Fazer-me sangrar até a morte

Tento escapar

Mas meu corpo suplica por tal lamúria

Uma alma doentia que apenas vaga

Por alamedas embaçadas

Por longos caminhos sinuosos

Carregando um fardo eterno

Uma dor que não encontro palavras

Dementia...

Correndo em direção a uma luz tremula

Esperando pelo melhor

Mas encontro a frustração novamente

Um ar rarefeito possui meus pulmões

De forma que não posso exalar meu suspiro nebuloso

Como em uma cama acolchoada

Recoberto de belas flores

Assim chega meu fim

Dementia...

Dark Nightfall
Enviado por Dark Nightfall em 23/11/2008
Código do texto: T1298466
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