Dementia
Uma realidade me assombra
Um medo do que não posso explicar
Como se afogasse em um Lago Negro
Sem saída, sem uma forma de escapar
Procuro por minhas mãos adormecidas
Tento desatar mais um nó que me prende
Que me faz refém no fundo das águas turvas
Dementia...
Procuro um ar puro para viver
Sem a luz negra que me persegue
Sombras ao meu entorno
Sinto-me no final dos meus tempos
Como se tivesse infiltrado em outro mundo
Não consigo ver além da névoa espessa
Desejos mórbidos me seduzem
Para viver outra fantasia
Ferir-me com sua faca doce
Fazer-me sangrar até a morte
Tento escapar
Mas meu corpo suplica por tal lamúria
Uma alma doentia que apenas vaga
Por alamedas embaçadas
Por longos caminhos sinuosos
Carregando um fardo eterno
Uma dor que não encontro palavras
Dementia...
Correndo em direção a uma luz tremula
Esperando pelo melhor
Mas encontro a frustração novamente
Um ar rarefeito possui meus pulmões
De forma que não posso exalar meu suspiro nebuloso
Como em uma cama acolchoada
Recoberto de belas flores
Assim chega meu fim
Dementia...