DESCONHEÇO-ME A MIM
Com o olhar vistoso
Olhei-me para dentro
E avistei uma parreira
De uvas doces
Vermelhas
E macias,
Mas com as mãos
Não poderia pegá-las.
A fome do inevitável,
Do interno externo
E desconhecido
Me fez enfrentar
Uma luta com meu
Verdadeiro eu,
Para mim mesma.
Beijei-me a mim
Com a doçura da uva
Que apreciava
Sem direito de comê-la.
Apenas com o olfato nobre
De um adocicado vinho
A fim de conhecer
A minha irreversível inferioridade