Você, que dizia me amar

Aonde você tem estado,

se você não está ainda ao meu lado?

E isto é amor ou desgosto o que eu vejo?

Afinal, acabou-se o desejo?

E seus olhos, por quem têm procurado?

Quantos anos nós temos vivido,

assim, cada qual em seu efêmero espaço

retendo as respostas que endossam segredos,

fugindo da vida, cultivando outros medos,

adormecendo as dores num cotidiano cansaço?

Eu suponho momentos que não concretizam.

Nossas almas aprisionada pelo que escravizam

agitadas pela ânsia de um querer inexplicável...

a escassez dos encontros que não acontecem,

as regras impostas que por si mesma obedecem,

e um amor tão bonito tornando-se inviável...

DAN ASSUMPÇÃO
Enviado por DAN ASSUMPÇÃO em 21/11/2008
Reeditado em 03/08/2013
Código do texto: T1295808
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