Tu II
Plásmica garça que voa
e no ar se despedaça,
ah, plásmico sonho
que na utopia se acha real,
povoado por lembranças, ilusões
e concretas abstratividades.
Plásmica lira que se impede
no momento de tornar-se paixão,
vê-se dúbia e frágil
vê-se negra malsã...
Que entre espaços improfícuos
percebe-se útil,
que torna póstumos os sonhos
e aviva as memórias,
que torna as cores confusas
difusas e familiares
como num devaneio expressionista...
Ah, plásmica virgem luxuriosa
que só não é barroca
por que se aceita carnal...
garça que voa
e no ar se faz Graça!