Visões...
Aqui nesse quarto
Onde o silêncio é farto
As visões predominam...
De olhos fechados
Vejo como me ensinam
A reparar meus pecados...
São como ordens dadas
E impossíveis de não se cumprir...
Mostram águas passadas
Noutras épocas do meu existir...
Elas surgem no sono
Estando o corpo em abandono.
O espírito é que revê,
A alma quem interpreta
Isso que a mente crê
Trazer consigo secreta...
Visões sobre o bem e o mal,
Cenas pintadas pelo caminho
Indicando o quanto fui fatal
E por isso sinto-me sozinho...
Mas não desisto de procurar...
Um dia hei de encontrar
O fim dessas visões de dor...
E por isso aguardo um olhar
Que me deverá trazer o amor...
Amor, o algoz das minhas ilusões,
Culpado pelas minhas visões...