Adeus no toque dos dedos
O adeus veio ao pôr-do-sol
No toque de leve dos dedos
Os medos de ambos aflorando
No silêncio do olhar uma pergunta
De um porquê mudo... Contudo
Não há resposta na cena morta
No coração dos amantes... nesses instantes.
O adeus veio depois do suposto beijo
Das bocas (loucas?) a si olhar
Porque no gesto além do agrado
Dos ex-amados... Resta uma ternura lá
Na tarde que morria demudada
Desnuda dos carinhos
Caminhos para as noites de amor
O adeus veio logo ao cruzar a rua
Um ônibus que passava
Observava o transeunte
E a vida que cá ficava
O porquê silente... Sem dizer
O quê?... O gesto de adeus se lê
No toque dos dedos... nos medos!