Sem ti, as noites tendem a me destruir

Noite, quando tu chegas, tão fria e vazia

Enches meu espírito, de solidão e agonia

Eu, que sempre me pronunciei em tom brado

Hoje, não passo de um menino, triste e assustado

Eu, que outrora me gabava por ser o preferido

Hoje, sinto meu orgulho ferido, ao ser preterido

Muitas vezes, este é o desfecho de uma paixão

Quando quem diz que te adora, te entrega à solidão

O culpado disso tudo, é o vil que sou eu

Vejo-me circundado em demasia, onde só habita o breu

Em um mundo tão medonho

Onde muito já sonhei, mas hoje não mais sonho

Acolhedores eram teus braços,

Que porventura eu perdi

Atualmente, em pedaços

Choro ao me lembrar, de todo o amor que já vivi

Ah! Noite, tão feroz e tão densa

Que tanto me inibe, com tua presença

Que me traz, à culminância da falta de sorte

E que me faz perder o amor a vida, e esperar somente a morte

Porque mais fácil é fechar para o bem, o coração

Se entregar ao ódio, cair nas garras da obsessão

Mas não me entregarei tão facilmente

Encontrarei novamente, o amor excelso, puro e resplandecente

Evoluirei e serei perfeito no porvir

Assim, não passará um dia, sem que te faça sorrir

Por enquanto, devo recolher-me a minha insignificância

E aceitar que estais certa, quanto a minha ignorância

Em breve, as ruas solitárias, o tédio desconcertante

Não mais farão parte de minha vida errante

O caminho para a felicidade já conheço, ele está no teu ser

Infelizmente ainda não te mereço, mas em breve irei te merecer

Então, tudo o que hoje é dor e melancolia

Transformar-se-á em paz, em agradável harmonia

As trevas irão se dissipar

E voltarão os lumes, tornando novamente a me guiar.

William Peres
Enviado por William Peres em 12/11/2008
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