ÀS VEZES


Às vezes, como qualquer poeta,
Sinto-me triste,
Como qualquer ser humano,
Às vezes, sinto-me injustiçada;
Como mulher, assim como tantas outras,
Sinto-me incompreendida,
Cheia de dúvidas, infinitamente solitária.
Às vezes, como qualquer pessoa,
Sinto-me desacreditada e isso
Me faz sangrar o coração.
Busco ao descrever meus pensamentos,
Uma maneira de não estar sozinha,
De transformar a solidão, a incompreensão
Que dói, em aliados e assim,
Falando comigo mesma, tento preencher
O vazio que às vezes me faz sangrar o coração.
Às vezes encontramos noutras pessoas,
Afinidades e chegamos a pensar,
Que de certa forma e por alguns caminhos,
Andamos de mãos dadas,
Em outras vezes, a conclusão a que chegamos
É de que a companhia mais constante,
A que realmente nos entende é a solidão.
E convicta de toda essa certeza,
Prefiro caminhar sozinha.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional
Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 08/11/2008
Reeditado em 04/02/2009
Código do texto: T1272024
Classificação de conteúdo: seguro
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