O poeta sonhou

Perdoem-me a impura loucura...

A febre em noites pálidas torna-me insensato,

Minha tristeza é um castigo, a ilusão momentos endoidecidos,

Em delírios retorno ao vale!

O poeta definha enquanto dorme

Ele sonhou... Sonhou sozinho a velar o próprio pesadelo,

Pousou sua face em sombras e suas mãos repousam em tumba!

Clamou misericórdia ao anjo perdido...

Sombras brincavam como borboletas...

Meia luz ao fundo e ele me pegou de novo,

Com seu cruel beijo de víbora envenenou-me as entranhas!

E o anjo nada responde... Os versos frios do poeta

Continuam costurados no corpo do morto

Vedando as chagas deixadas pela vida!

Yasmin Meirinho
Enviado por Yasmin Meirinho em 04/11/2008
Reeditado em 04/11/2008
Código do texto: T1264744
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