Convicção

Por mais que tentem me podar os passos,
Por mais que julguem meus sonhos insensatos,
Por mais que a vida tente me esmagar,
Eu não me renderei a tais caprichos.
Ainda que meus sonhos sejam insensatos,
Ainda que não creiam
Nem escutem o pulsar forte deste coração,
Não deixarei que a insensibilidade
Daquelas que não sonham,
Sufoquem-me a inspiração.

Se não sonhasse, se não acreditasse,
Se a solidão por vezes, não me acompanhasse,
Quem sabe até, já nem teria porque estar aqui?
Por isso, busco a cada passo do caminho
A paz dos sonhos e os descrevo,
mesmo que apenas para mim.

Descrevo sonhos, como quem respira
Para não morrer,
Vivo dos sonhos que a realidade
Me faz renascer;
Na busca dos sonhos transformo meus dias,
Meu mundo,a vida...
Com eles, não sinto tanta solidão.
Por isso, semeio como o pássaro
A seiva, no replantio
Da inspiração que nunca morre.


Brasília,DF
Registrado na Biblioteca Nacional

Isabelle Mara
Enviado por Isabelle Mara em 02/11/2008
Reeditado em 16/02/2009
Código do texto: T1261088
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