O rio
O olhar cego
Busca o céu
Busca o mar
Talvez lua.
De outra nave
Ele fixa o coração
Na musa de seus
Sonhos mais reais
Ela seria só sua.
Sua amada
Sua ouvinte
Sua rainha.
Lá do alto lançou
Um pedido escrito em versos
E de seu próprio punho onde
Contempla a beleza absoluta.
Mas ela não escutou e
Logo a frente deu os braços
Á um elegante senhor que sorrindo
Beijou-lhe os lábios por tempo demorado.
A cede de seu desejo
Veio como uma punhalada em
Seu pobre peito que agoniza o desprezo,
De alguém que mora com ele e nem sabe.
Ele sonhou
Dançou e sorriu.
Lançou-se da nave direto ao rio
Chamado solidão!
Jane.