Hoje, o homem mais covarde dos tempos
Hoje, por mero epílogo.
Tornei-me o mais covarde
De todos os homens que já conheci.
Hoje, por mero capricho.
Escapa-me pelos dedos
Valores sentimentais vivos.
Hoje, por sonho.
Fica apenas em memória.
Felizes ou tristes, pecadoras.
De toda essa nossa história.
Hoje, por ser incerto.
Morro ao ver que não sorri,
Não choro, por quê?
Sou o leão covarde.
Hoje, por ser vazio.
Ecoa as lágrimas.
Em vácuo continuo,
Onde de tão escuro não a vejo.
Hoje, por ser promessa.
De dor presente a nós.
Morremos juntos!
Assim como a prometi.