Cinza

E então, de novo

acordei cinza.

Alma rota

presa ao nada.

Vejo o universo

a mover-se lentamente

e minha vida

em stand-by.

Não me perguntes nada

nem queiras saber

se hoje sou sim ou não;

nem mesmo tente

segurar minha mão.

Não quero contato.

Estou longe,

talvez entre as estrelas.

Se te respondo,

minha voz atravessa séculos,

milênios,outras galáxias.

Chega a ti já antiga,

distorcida e desafinada

como a voz dos bêbados

infelizes.

Hoje estou assim:alma inerte,

sentimentos nulos,

presa em segredos,

olhos tristes e

boca amarga.

Hoje estou cinza,

em solidão e mistérios

cheia de ausências e silêncio

como os cemitérios.

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 29/10/2008
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T1254793
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